Se me vires por aí,
perdido sem saber o norte,
acolhe-me.
Aperta-me no teu regaço,
afaga-me no teu seio,
diz que não vais deixar que aconteça
o que eu mais receio.
E mesmo que não o sintas,
que saibas que é tudo mentira, sorri...
e diz-me com a voz doce com que me fazes encantar,
diz o que quiseres,
como quiseres,
porque se tu disseres
eu vou acreditar.
sábado, fevereiro 27, 2010
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Sal
Lembro-me do Sol
e do azul do Mar
da terra distante,
o horizonte, um instante,
um doce veleiro
a navegar.
Lembro de ti,
sentada à ré,
com as pernas cruzadas
algumas madeixas em desalinho
eras princesa
no suave barquinho
que tão bem enfeitavas!
Eu de pé na proa
mirando
o moreno da tua pele
com o desejo
a pintar-me imagens loucas,
aventuras ousadas,
perdido entre as vagas
do mar
salpicando atrevido
as tuas longas coxas.
Ferve-me no peito a paixão
tremendo desvario
de um delírio terminal.
Invade-me o desassossego
desse desejo animal
caricia feita vento
boca pele e num momento
lamber de ti o teu sal!
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
Chama - A Partir de uma fotografia de Luciana Fonseca
De Mrs. Lucciana • Albuns: Fotografias
Sinto o teu calor
e a luz intensa
no secreto arder
que me atormenta
Quero er pavio
que a tua chama
alimenta
Quero que me guardes
me protejas do frio.
Quero ser leite no teu mel,
ser fluxo no teu rio.
Por mais quente a chama,
conforta sem queimar
aquele que ama
aquele que a ousa amar!
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
SE...
Se o Sol gravasse no teu peito o meu nome
Se em labaredas acendesse o desejo
E a tua carne em vermelho fogo
Consumisse os meu dedos?
E sem mãos não pudesse mais escrever.
E se num louco beijo perdesse a língua
E num abraço os braços,
E os olhos cegassem ao ver-te.
Que seria eu?
Sem palavras escritas,
falada ou ditas
num olhar cúmplice
e silencioso .
É que o amor não se faz mudo,
E o poeta sem dizer
é um amante castrado
que não merece viver!
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