Pero,
portugués de la calle,
entre nosotros,
nadie nos escucha,
sabes
dónde
está Álvaro Cunhal?
Pablo Neruda in La Lámpara Marina
A Álvaro Cunhal...
Levas na mão a bandeira
vermelha do povo em luta,
na alma o fogo ardente
na voz o lamento da gente
que em silêncio te admira
e com atenção te escuta.
Rompe o céu de peito aberto
que o paraíso é certo
para quem morre a lutar.
Pobres Sachos pequeninos
Que dizem ser moinhos
Os gigantes a derrubar.
Hipocrisia política
destes verbos de encher!
Oh idealista nascido
derrotado mas não vencido,
Comunista até morrer.
segunda-feira, junho 13, 2005
Hoje deitei-me ao lado da minha solidão...
Se vens à minha procura,
eu aqui estou. Toma-me, noite,
sem sombra de amargura,
consciente do que dou.
Nimba-te de mim e de luar.
Disperso em ti serei mais teu.
E deixa-me derramado no olhar
de quem já me esqueceu.
in As Mãos e os Frutos (XII)
Eugénio de Andrade
Os poetas não morrem, libertam-se da condição limitativa do corpo físico para se dispersarem por todos nós que o lemos e recordamos!
eu aqui estou. Toma-me, noite,
sem sombra de amargura,
consciente do que dou.
Nimba-te de mim e de luar.
Disperso em ti serei mais teu.
E deixa-me derramado no olhar
de quem já me esqueceu.
in As Mãos e os Frutos (XII)
Eugénio de Andrade
Os poetas não morrem, libertam-se da condição limitativa do corpo físico para se dispersarem por todos nós que o lemos e recordamos!
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