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terça-feira, outubro 19, 2021

Sente

Este silêncio cúmplice que antecipa o grito

Um uivo na garganta sufocado 

Um amor proscrito

Carne desprovida de pelos mais nua que despida

Corpo quente de sangue corrente

Caverna, mistério da vida

Sobre os telhados errante, fera felina apaixonada

O desejo que te inunda o ventre 

Uma maré agitada

Rasgámos a noite em malícias, tão intensas quanto erradas

Olhos fundidos em vontade

Sede em bocas coladas

Tens o mistério entre os dedos, no teu jardim crescem delícias

Escondemos os nossos segredos

Ao impossível roubamos carícias

Cresce em nós um sentir, que de todos é diferente

Corpos unidos num gesto

Que celebra o AMOR que se SENTE! 




1 comentário:

Anónimo disse...

Sentir...
"Que não faz sentido"
Mas que se sente!!!