Corta-me,
abre em mim um rio,
deixa-me cair num fio
deixa-me fluir.
Sorve-me
o aroma do meus passos
o sal dos meus cansaços
deixa-me dormir
Ensina-me
as palavras mágicas do teu tremer
a fome que não se sacia com comer
deixa-me saber
Pinta-me
Numa foto tirada ao espelho
O rosto em tons de vermelho
deixa-me perder
Constrói
Sobre o chão nu uma paliçada
Um mundo novo no meio do nada
e deixa-me erguer!
Avisa-me
que o tempo é um eterno vazio
e que do peito nos escorre em fio
a vontade de viver!
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