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segunda-feira, maio 21, 2012

Tempo


Não me lembro da vertigem
nem do Sol de Abril
que o tempo já torceu

Mas lembro-me da vontade
sim, isso é verdade,
e do desejo que não morreu!

Bebi nas mãos vazias
unidas junto ao meu rosto
as palavras que dizias
e o sonhos que trazias...
É saudade, mas eu gosto.

Que se dane o cientista
que o tempo definiu
como uma dimensão do espaço
num eterno evoluir
O tempo é para mim
a velha ampulheta
aferida na hora certa
com a areia a fluir.

Vertigem do tempo marcada
nesse relógio de loucos
na parede pendurado
Onde o presente se estende
como só o coração entende
lavrando à frente o passado!

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