sexta-feira, novembro 27, 2015
São bonitas as palavras
São bonitas as palavras
São como as mais belas flores
Poesia e fantasia
São como um jardim de amores
São bonitas as palavras
São singelas, saborosas
Duras como diamante
São suaves como rosas
São bonitas as palavras
acredita meu amor
são expressão dos ideais
não tem preço o seu valor
São bonitas as palavras
que mais te posso dizer?
Que saciam a vontade
a quem as sabe comer.
São bonitas as palavras
acredita no que digo,
as mais belas que conheço
são as que eu troco contigo!
Savinien - 2015
quinta-feira, novembro 26, 2015
Magia
Ainda me lembro, princesa
da manta que colocaste no ginjal
naquela noite de Lua Cheia
Lembro-me dos teus pés nus
dançando...
dançavas contigo
dançavas para mim
dançavas comigo
Eterno abraço
Eterno beijo
Estranha magia
O desejo
Que cresce quando se cumpre
Que não se sacia
Eu, tu, silenciosa melodia
Nos teus olhos
A noite brilha
mais que o dia
E era só noite
Eras só tu
E tudo era... magia!
terça-feira, novembro 17, 2015
Tatuagem
Nas minhas mãos acolho o teu sorriso
Torna-se tatuagem no meu peito
num traço tão suave como preciso
ilustro o envolvimento mais perfeito
Da boca cai apaixonado beijo
tombando no teu ombro de mansinho
pelas costas vai descendo o meu desejo
confesso ao teu ouvido bem baixinho
Não escondas por medo teu pensamento
Não prendas no silêncio o teu sentir
Que tudo se constrói num só momento
Num mesmo coração se estão a unir
Comungando num mesmo sentimento
Corpos que na paixão se vão fundir.
Alexandre de Oliveira
Torna-se tatuagem no meu peito
num traço tão suave como preciso
ilustro o envolvimento mais perfeito
Da boca cai apaixonado beijo
tombando no teu ombro de mansinho
pelas costas vai descendo o meu desejo
confesso ao teu ouvido bem baixinho
Não escondas por medo teu pensamento
Não prendas no silêncio o teu sentir
Que tudo se constrói num só momento
Num mesmo coração se estão a unir
Comungando num mesmo sentimento
Corpos que na paixão se vão fundir.
Alexandre de Oliveira
sexta-feira, julho 10, 2015
O Príncipe do Mar Cantou (para Isabel Lopes)
Fiz um conto para me embalar Fiz com as fadas uma aliança. A deste conto nunca contar. Mas como ainda sou criança Quero a mim própria embalar. Estavam na praia três donzelas Como três laranjas num pomar. Nenhuma sabia para qual delas Cantava o príncipe do mar. Rosas fatais, as três donzelas A mão de espuma as desfolhou. Nenhuma soube para qual delas O príncipe do mar cantou. Natália Correia
Não há tempo para quem ama
Não há amor menor
À amizade se chama
A mais pura forma de AMOR
Cresceste rosa bonita
De menina a mulher
Celebra em cada dia
A Magia de viver
Mas como em pequenina
Conta histórias de embalar
Ouvindo o canto bonito
Do belo Príncipe do Mar
Tu, jovem donzela,
como laranja no pomar
És inspiração mais bela
ao príncipe no seu cantar
Um dia, sem que tu esperes,
Num Verão ensolarado
Encontrarás aos teus pés
Um Príncipe Enamorado
E com esse teu sorriso
Que tudo faz iluminar
Vais ouvir essa cantiga
Do teu Príncipe do Mar
Feliz aniversário, Isabel!
do teu sempre admirador e amigo,
Alexandre
terça-feira, julho 07, 2015
Era feliz e não sabia
Belíssima foto do meu primo João Caetano.
Ao olhá-la regresso num momento a um passado sempre presente na zona do
pinho da Beira Baixa. Essa terra maravilhosa de azeite e rezina, de
gente de trabalho, de sacrifício, mas também de alegria e fraternidade.
Cheira-me na pele os caminhos, o pó e o xisto, as uvas morangueiras
brancas a saber a fumo-do-comboio, cheira-me a azeite em cru no caldo
verde de batata migada e o peixe de rio bem frito em molho de cebolada a
saber a picante.
Lembro-me de, em pequeno, jantar à luz do petromax que impregnava a ceia de aromas diferentes e de ir dormir aconchegado pela minha mãe que soprava o pavio do candeeiro a petróleo.
Lembro-me das azeitonas pretas das oliveiras, e das caganitas de cabra que - para menino da cidade - eram muito parecidas.
Lembro-me de ouvir a minha avó Maria a chamar as cabras: Moucha, Chibaneca e Marmeleda... E o meu avô Artur, sisudo, trazendo um regador carregado de figos...
Belos tempos de menino no Casal da Ribeira em que, como diz Drummond de Andrade, eu era feliz e não sabia!
Lembro-me de, em pequeno, jantar à luz do petromax que impregnava a ceia de aromas diferentes e de ir dormir aconchegado pela minha mãe que soprava o pavio do candeeiro a petróleo.
Lembro-me das azeitonas pretas das oliveiras, e das caganitas de cabra que - para menino da cidade - eram muito parecidas.
Lembro-me de ouvir a minha avó Maria a chamar as cabras: Moucha, Chibaneca e Marmeleda... E o meu avô Artur, sisudo, trazendo um regador carregado de figos...
Belos tempos de menino no Casal da Ribeira em que, como diz Drummond de Andrade, eu era feliz e não sabia!
quinta-feira, junho 04, 2015
No lugar em que nos amávamos havia uma árvore
No lugar em que nos amávamos
e só a Lua conhecia
no ar havia o cheiro
de flores e maresia
Havia nos nossos lábios
silêncios e segredos
nos nossos beijos trocados
findavam os nossos medos
Havia um pássaro louco
com uma asa partida
havia um ninho de cuco
e uma rocha fendida
Havia dedos e línguas
havia pele na pele
e da zona fendida
jorrava o leite e o mel
Havia naquele sítio
fora do tempo e do espaço
a linguagem secreta
que se aprende com um abraço
Era tudo efémero
como a vida da gente
que se torna infinita
no amor que se sente
E havia,
No lugar em que nos amávamos,
Uma árvore...
e só a Lua conhecia
no ar havia o cheiro
de flores e maresia
Havia nos nossos lábios
silêncios e segredos
nos nossos beijos trocados
findavam os nossos medos
Havia um pássaro louco
com uma asa partida
havia um ninho de cuco
e uma rocha fendida
Havia dedos e línguas
havia pele na pele
e da zona fendida
jorrava o leite e o mel
Havia naquele sítio
fora do tempo e do espaço
a linguagem secreta
que se aprende com um abraço
Era tudo efémero
como a vida da gente
que se torna infinita
no amor que se sente
E havia,
No lugar em que nos amávamos,
Uma árvore...
quarta-feira, fevereiro 18, 2015
Sou Portugal a Cantar
Eu sou povo marinheiro
Sou sorriso de
criança
Sou sangue na
bandeira
Sou verde e sou
esperança
Sou desejo sem
vontade
Sou vontade sem
desejo
Sou poeta sem defesa
Sou amante sou um
beijo
Sou Luísa na calçada
Sou Monstrengo a
voar
Sou Agostinho na
lota
Sou um pescador no
mar
Sou Pessoa, sou Ary
Catarina na terra
dura
Sei que não vou por
aí
Sou facho a arder na
noite escura
Sou memória, sou
história
Sou mesa que não tem
pão
Sou mais uma mãe que
chora
Sou um fado canção
Sou revolta em braço
armado
Sou cravo no cano
negro
Sou ceifeira e
operário
Sou fila de
desemprego.
Mas sou palavra
Em peito aberto
Sou um mundo todo
inteiro
Sou livre
Não alimento
Os Vampiros do
dinheiro
Sou luta
Sou futuro
Sou um corpo que
avança
Sou o sonho colorido
Nos olhos de uma
criança
Sou Horta, sou
cantoneiro
Sou versos de uma
canção
Sou um grito
verdadeiro
Sou bater do coração
Sou professor
Sou varina
Sou emigrante de
além-mar
Trago na voz os
poetas
Sou Portugal a
cantar!
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