quinta-feira, julho 31, 2008
terça-feira, julho 29, 2008
Aniversário do poeta Joaquim Sustelo
O poeta estava no alto do monte
de onde ele estava
via o horizonte,
via o caminho que tinha percorrido
e o que ainda lhe faltava percorrer.
Tinha ao seu lado a poesia
e na mão o cajado da alegria de viver.
Num brado forte gritou ao vento
palavras que ele escreveu
quebrado, por fim, o silêncio
a terra tremeu.
de onde ele estava
via o horizonte,
via o caminho que tinha percorrido
e o que ainda lhe faltava percorrer.
Tinha ao seu lado a poesia
e na mão o cajado da alegria de viver.
Num brado forte gritou ao vento
palavras que ele escreveu
quebrado, por fim, o silêncio
a terra tremeu.
Ser professor
Para mim um professor é como um atleta que participa numa estafeta, tendo-se apercebido que não terminará a corrida sozinho faz o seu melhor para passar o testemunho às gerações seguintes.
quinta-feira, julho 24, 2008
quarta-feira, julho 23, 2008
Relva
terça-feira, julho 22, 2008
Tempo
Cada segundo sem se comunicar é um segundo sem viver.
O tempo é, sumariamente, aquilo que fazemos dele.
Não há nada de mais precioso a dar a alguém que o nosso tempo.
Admiro e invejo todos aqueles que conseguem lidar bem com o seu tempo.
É que eu, por minha desgraça, não consigo.
O tempo é, sumariamente, aquilo que fazemos dele.
Não há nada de mais precioso a dar a alguém que o nosso tempo.
Admiro e invejo todos aqueles que conseguem lidar bem com o seu tempo.
É que eu, por minha desgraça, não consigo.
terça-feira, julho 15, 2008
A Torre Invertida
Foto: Dias dos Reis
Visitei a tua torre invertida
a que leva ao fundo de ti
com curiosidade fui descendo
desvendando a sinuosidade
dos caminhos
a humidade das paredes
a profundidade do teu ser.
Na tua torre invertida
morrer para renascer.
quarta-feira, julho 09, 2008
Vontade
Pendular
Tique taque tique taque
à hora marcada
o comboio partiu
Como um animal
um silvo emitiu
Acelerou na linha
o quanto podia
cá fora o motor
forte rugia
Sentada à janela
a ler descansada
olhar distante
pose relaxada
e a composição
esse monstro enorme
comia quilómetros
saciando a fome
Havia crianças
num reboliço
e um tipo saloio
que cheirava a chouriço
Havia meninas
com óculos escuros
e homens de fato
com ar de duros
Havia poetas
procurando a rima
Um rapaz olhava
uma corada menina
Na curva da linha
o comboio agita
e a velha que dorme
acorda e grita
Corado arfando
o velho galifão
olhos esbugalhados
sofre do coração
Chegou um surfista
com um ar de Apolo
e logo um maricas
sentou-se-lhe ao colo
E o comboio parou
ao chegar ao fim
saíste dali
sem olhar pra mim
Mas se hoje ao deitar
tiveres a cama fria
liga ao rapaz do pendular
para te fazer companhia
O fado do circo
Vinde todos ver
meninos e meninas
velhotes e reformados
gente de qualquer idade
o grande circo chegou
à cidade
Camioes e jaulas
tendas e atrelados
Carroças e cavalos
gastos de tantas viagens
politicos que falam verdade
e outros animais selvagens
Tinham um macaco azul
um papagaio cantor
tinham uma mulher barbuda
Que agora se despediu,
depois de ouvir que na América
houve um homem que pariu
Trapesistas domadores
Cobras ursos e leoes
Cavalos de piacadeiro
Tudo animais ensinados
são espelho dos portugueses
que estão todos amestrados
Este circo resiste
contra toda a adversidade
é que nos tempos que correm
dá mais show a realidade
E a gente leva na boa
a crise como se diz
E eu só para disfarçar
Faço de palhaço feliz
meninos e meninas
velhotes e reformados
gente de qualquer idade
o grande circo chegou
à cidade
Camioes e jaulas
tendas e atrelados
Carroças e cavalos
gastos de tantas viagens
politicos que falam verdade
e outros animais selvagens
Tinham um macaco azul
um papagaio cantor
tinham uma mulher barbuda
Que agora se despediu,
depois de ouvir que na América
houve um homem que pariu
Trapesistas domadores
Cobras ursos e leoes
Cavalos de piacadeiro
Tudo animais ensinados
são espelho dos portugueses
que estão todos amestrados
Este circo resiste
contra toda a adversidade
é que nos tempos que correm
dá mais show a realidade
E a gente leva na boa
a crise como se diz
E eu só para disfarçar
Faço de palhaço feliz
Valsa
Um dois três
um dois três
dança comigo aqui
num salão cheio
de luzes
eu perdido em ti
no olhar com que seduzes
Do outro lado da sala
há inveja e burburinho
enquanto a dança
embala, o compasso
bate certinho
Borboleta de cores
de azul tu estas vestida
queria que esta dança
durasse toda a minha vida.
um dois três
dança comigo aqui
num salão cheio
de luzes
eu perdido em ti
no olhar com que seduzes
Do outro lado da sala
há inveja e burburinho
enquanto a dança
embala, o compasso
bate certinho
Borboleta de cores
de azul tu estas vestida
queria que esta dança
durasse toda a minha vida.
terça-feira, julho 08, 2008
Ventre
Esse teu ventre é terra
é solidez de alicerce
é um lago viçoso
onde a vida nasce e cresce
é um segredo guardado
fora do alcance da mão
e quando é representado
tem forma de coração
esse ventre é um poema
um quadro vivo,
uma canção.
Nesse ventre começa,
nesse ventre termina
todo o amor e paixão.
é solidez de alicerce
é um lago viçoso
onde a vida nasce e cresce
é um segredo guardado
fora do alcance da mão
e quando é representado
tem forma de coração
esse ventre é um poema
um quadro vivo,
uma canção.
Nesse ventre começa,
nesse ventre termina
todo o amor e paixão.
quinta-feira, julho 03, 2008
Lenga lenga
15 chefes numa canoa
o primeiro saiu em Lisboa
14 chefes numa falua
o segundo subiu da terra prá lua
13 chefes numa embarcação
o terceiro saiu no porto de Olhão
12 chefes num caíque
O quarto fugiu prás bandas de Ourique
11 chefes num moliceiro
O quinto pescava na ria de Aveiro
10 chefes num barco rabelo
O sexto no Douro nadou em pêlo
9 chefes numa chata antiga
O sétimo sofria de dores de barriga
8 chefes numa traineira
O oitavo nascera na Ericeira
7 chefes num barquinho fixe
O nono tinha uma casa em Peniche
6 chefes num navio cargueiro
O décimo morava no Carvoeiro
5 chefes num barquinho á vela
O décimo primeiro era uma mulher bela
4 chefes num rebocador
O décimo segundo sofria de amor
3 chefes num bote a remos
O décimo terceiro era primo do Lemos
2 chefes numa gaivota
O décimo quarto casou com uma prima torta
1 chefe numa bóia encarnada
O décimo quinto não se lembrava de nada
o primeiro saiu em Lisboa
14 chefes numa falua
o segundo subiu da terra prá lua
13 chefes numa embarcação
o terceiro saiu no porto de Olhão
12 chefes num caíque
O quarto fugiu prás bandas de Ourique
11 chefes num moliceiro
O quinto pescava na ria de Aveiro
10 chefes num barco rabelo
O sexto no Douro nadou em pêlo
9 chefes numa chata antiga
O sétimo sofria de dores de barriga
8 chefes numa traineira
O oitavo nascera na Ericeira
7 chefes num barquinho fixe
O nono tinha uma casa em Peniche
6 chefes num navio cargueiro
O décimo morava no Carvoeiro
5 chefes num barquinho á vela
O décimo primeiro era uma mulher bela
4 chefes num rebocador
O décimo segundo sofria de amor
3 chefes num bote a remos
O décimo terceiro era primo do Lemos
2 chefes numa gaivota
O décimo quarto casou com uma prima torta
1 chefe numa bóia encarnada
O décimo quinto não se lembrava de nada
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