Cheguei sem me anunciar,
e morri à entrada do pórtico.
Levaram-me no enxurro as barcas
fendidas.
E tu, deste-me de beber
mas não me saciaste.
Profanei a vieira escondida no cálice
e o meu castigo foi pior que a morte.
A noite não tem plural.
quinta da regaleira (Sintra) foto de Pedro Prats
3 comentários:
Onde andas? Fazes-me falta!
LOL
Procurar compreender a alma dos poetas é um esforço improdutivo, mas inclino-me a considerar que o facto de viver é por si só um castigo suficiente para os que anseiam pela noite.
Que venha o dia para que mais passos sejam dados em frente, que carpir os mortos não os traz de volta.
Mas se a intensão do monarca for de simplesmente substituir o bobo, certamente encontrará público para o aplaudir!
O desgoverno está instalado, mas o bobo agradece a folga!
Desejo um bom serão
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