Calmo azul infinito
No areal branco e quente
Repouso merecido
Muitos chapéus muita gente
Azul de um mar profundo
Azul mais azul que o céu
Estava um dia tão lindo
Na manhã em que a terra tremeu
No quarto de hotel tremiam
Paredes soltavam-se sorrisos
Mas nem meia hora passada
Havia confusão e gritos
E assim se prova mais uma vez
como a Natureza é inconstante
Demora séculos a criar
E destroi tudo num instante.
sexta-feira, dezembro 31, 2004
segunda-feira, dezembro 13, 2004
Criar
Criar
Do nada que tens na mão
Uma folha branca de papel
Faz um mundo novo
Rasga-a com os dedos,
Com o teu olhar,
Ou com o teu coração
Rasga-a!
Abre-a, abre-te...
como a crisálida,
e cria.
É alma feita verso
a que chamamos poesia!
É um prazer ver nascer em vós a magia da criação. Que as vossas mãos sejam sempre capazes de criar novos mundos, a ver se um dia acertam com a fórmula e todos os sonhos do Mundo se libertam. Não sou eu que escolho o vosso caminho, são vocês que despertam! À minha turma do 8ºB, pela alegria que é lê-los criar poesia!
Do nada que tens na mão
Uma folha branca de papel
Faz um mundo novo
Rasga-a com os dedos,
Com o teu olhar,
Ou com o teu coração
Rasga-a!
Abre-a, abre-te...
como a crisálida,
e cria.
É alma feita verso
a que chamamos poesia!
É um prazer ver nascer em vós a magia da criação. Que as vossas mãos sejam sempre capazes de criar novos mundos, a ver se um dia acertam com a fórmula e todos os sonhos do Mundo se libertam. Não sou eu que escolho o vosso caminho, são vocês que despertam! À minha turma do 8ºB, pela alegria que é lê-los criar poesia!
quarta-feira, novembro 10, 2004
Escolher é terrivel
"Um velho, na altura de morrer, chama os seus três filhos e diz-lhes:
- Não posso dividir por três o que possuo. Isso deixaria muito pouco a cada um de vós. Decidi dar tudo em herança ao que se mostrar o mais hábil e o mais inteligente. Ou seja: ao meu melhor filho. Pousei em cima da mesa uma moeda para cada um de vós. Pegai nelas. Aquele que, com a sua moeda, comprar com que encher o telheiro terá tudo.
Partiram, o primeiro filho comprou palha, mas só conseguiu encher o telheiro até meia altura. O segundo filho comprou sacos de penas, mas também não conseguiu encher o telheiro. O terceiro comprou apenas um pequeno objecto. Era uma vela. Aguardou a noite, acendeu a vela e encheu o telheiro de luz."
História Etíope
Terrivel é o momento em que temos de fazer escolhas, terrivel mesmo. O problema das escolhas é nunca terem só um lado. Por melhor que seja a razão de uma escolha perdemos sempre. Escolher não é só dizer que sim ao escolhido, é também dizer que não ao rejeitado. Pudesse eu ter a lucidez do terceiro filho, e fazer uma escolha simples que pudesse encher de luz todo o mundo!
- Não posso dividir por três o que possuo. Isso deixaria muito pouco a cada um de vós. Decidi dar tudo em herança ao que se mostrar o mais hábil e o mais inteligente. Ou seja: ao meu melhor filho. Pousei em cima da mesa uma moeda para cada um de vós. Pegai nelas. Aquele que, com a sua moeda, comprar com que encher o telheiro terá tudo.
Partiram, o primeiro filho comprou palha, mas só conseguiu encher o telheiro até meia altura. O segundo filho comprou sacos de penas, mas também não conseguiu encher o telheiro. O terceiro comprou apenas um pequeno objecto. Era uma vela. Aguardou a noite, acendeu a vela e encheu o telheiro de luz."
História Etíope
Terrivel é o momento em que temos de fazer escolhas, terrivel mesmo. O problema das escolhas é nunca terem só um lado. Por melhor que seja a razão de uma escolha perdemos sempre. Escolher não é só dizer que sim ao escolhido, é também dizer que não ao rejeitado. Pudesse eu ter a lucidez do terceiro filho, e fazer uma escolha simples que pudesse encher de luz todo o mundo!
segunda-feira, outubro 25, 2004
O Silêncio
Algures na Arábia, um mestre e o seu discípulo caminhavam em passo lento por um terraço, a meio da noite.
De súbito, o discípulo diz a meia voz:
- Que silêncio...
- Não digas: «Que silêncio» - aconselhou o mestre - Diz: «Não oiço nada».
(História Árabe)
Dedico esta história ao Pedro, e aos seus 16 anos de curiosidade cientifica. Estive este sábado à noite meditando com ele sobre o silêncio, e sobre as pessoas estarem preparadas ou não para o silêncio. Este tema perturba-me sempre, pois como sou um fanático da comunicação, tirando o recolhimento individual, o silêncio em conjunto parece-me sempre um desperdício da oportunidade sublime de comunicar. Como diz Jacinto Lucas Pires na sua peça "Universos e Frigoríficos": o silêncio só é onde há ruído, senão nem silêncio pode ser!
Havia um poeta popular que gritava: se eu depois de morto vou em silêncio, então que fale agora enquanto a vida mo permite!
É assim que eu vejo o mundo ao meu redor, um mundo que não está em silêncio, mas dele não oiço nada!
De súbito, o discípulo diz a meia voz:
- Que silêncio...
- Não digas: «Que silêncio» - aconselhou o mestre - Diz: «Não oiço nada».
(História Árabe)
Dedico esta história ao Pedro, e aos seus 16 anos de curiosidade cientifica. Estive este sábado à noite meditando com ele sobre o silêncio, e sobre as pessoas estarem preparadas ou não para o silêncio. Este tema perturba-me sempre, pois como sou um fanático da comunicação, tirando o recolhimento individual, o silêncio em conjunto parece-me sempre um desperdício da oportunidade sublime de comunicar. Como diz Jacinto Lucas Pires na sua peça "Universos e Frigoríficos": o silêncio só é onde há ruído, senão nem silêncio pode ser!
Havia um poeta popular que gritava: se eu depois de morto vou em silêncio, então que fale agora enquanto a vida mo permite!
É assim que eu vejo o mundo ao meu redor, um mundo que não está em silêncio, mas dele não oiço nada!
sexta-feira, outubro 15, 2004
O Sonho da Borboleta
Um homem sonha que é uma borboleta. Revoluteia com leveza de flor em flor, abrindo e fechando as suas asas, sem a mais ténue lembrança da sua natureza humana.
Quando acorda, percebe com espanto que é um homem.
Mas será ele um homem que acaba de sonhar que era uma borboleta? Ou uma borboleta a sonhar que é um homem?
(História Chinesa de Tchung-tsé)
Quando acorda, percebe com espanto que é um homem.
Mas será ele um homem que acaba de sonhar que era uma borboleta? Ou uma borboleta a sonhar que é um homem?
(História Chinesa de Tchung-tsé)
quinta-feira, setembro 30, 2004
Código da Vinci
De tempos a tempos aparece um livro que se torna fenómeno de vendas, o que imediatamente provoca dois efeitos:
- Primeiro, alguém vai ganhar muito dinheiro.
- Segundo, alguém que nunca leu uma obra completa vai fazê-lo pela primeira vez.
Pessoalmente invisto uma boa parte do meu dinheiro em livros. Tenho esta paixão desmedida pela leitura desde pequeno, e fico contente por saber que os livros ainda despertam novas paixões.
Nesta época em que o Harry Potter é o livro mais vendido do mundo - ou melhor, os livros - pois cada novo livro parece ser um sucesso igualando ou superando o seu precessor - só me posso sentir contente por tal facto.
Este verão ninguém conseguiu passar ao lado do livro de Dan Brown: O CÓDIGO DA VINCI. O sucesso da obra foi tal que imediatamente as editoras encheram o mercado de livros complementares, suplementares e auxiliares à obra. Mas que verdades nos revela o livro? De que maneira muda ele a nossa perspectiva da arte, da sociedade, da religião, a imagem de Leonardo - para mim o único génio completo desde Arquimedes - dá-nos respostas ou acrescenta-nos mais interrogações?
Será que a obra atinge todos da mesma maneira? Levanta a todos as mesmas problemáticas? Será mera ficção, ou esconderá um trabalho cientifico sério e bem documentado?
- Primeiro, alguém vai ganhar muito dinheiro.
- Segundo, alguém que nunca leu uma obra completa vai fazê-lo pela primeira vez.
Pessoalmente invisto uma boa parte do meu dinheiro em livros. Tenho esta paixão desmedida pela leitura desde pequeno, e fico contente por saber que os livros ainda despertam novas paixões.
Nesta época em que o Harry Potter é o livro mais vendido do mundo - ou melhor, os livros - pois cada novo livro parece ser um sucesso igualando ou superando o seu precessor - só me posso sentir contente por tal facto.
Este verão ninguém conseguiu passar ao lado do livro de Dan Brown: O CÓDIGO DA VINCI. O sucesso da obra foi tal que imediatamente as editoras encheram o mercado de livros complementares, suplementares e auxiliares à obra. Mas que verdades nos revela o livro? De que maneira muda ele a nossa perspectiva da arte, da sociedade, da religião, a imagem de Leonardo - para mim o único génio completo desde Arquimedes - dá-nos respostas ou acrescenta-nos mais interrogações?
Será que a obra atinge todos da mesma maneira? Levanta a todos as mesmas problemáticas? Será mera ficção, ou esconderá um trabalho cientifico sério e bem documentado?
segunda-feira, setembro 20, 2004
Arlequim
Sai da tela o Arlequim
Sai do palco, e das cantigas
Sai dos poemas rebeldes
Dos beijos das raparigas
Leva a esperança contigo
Leva o sonho até ao fim
Poeta, actor, amigo
Mestre, artista... e Arlequim
Sai do palco, e das cantigas
Sai dos poemas rebeldes
Dos beijos das raparigas
Leva a esperança contigo
Leva o sonho até ao fim
Poeta, actor, amigo
Mestre, artista... e Arlequim
quarta-feira, setembro 08, 2004
terça-feira, setembro 07, 2004
ArteLOUCURA
Vi, Sente
Quis fazer porque quis,
Como se a minha vida dependesse disso,
E nada tinha sentido,
Nem antes, nem depois de o fazer.
Mas a urgência de criar é tanta,
Que tudo fica toldado
Menos o cavalete em que descansa
O quadro, ainda fresco, pintado.
Quis fazer porque quis,
Como se a minha vida dependesse disso,
E nada tinha sentido,
Nem antes, nem depois de o fazer.
Mas a urgência de criar é tanta,
Que tudo fica toldado
Menos o cavalete em que descansa
O quadro, ainda fresco, pintado.
segunda-feira, setembro 06, 2004
ActivARTE
Olá,
Este é um sitio onde vamos trocar ideias sobre a natureza humana
e a sua expressão maxima: a Arte.
Espero com este Blog activar-te, fazer-te mexer,
fazer-te acreditar que tudo é possivel!
"Nós podemos fazer tudo, desde que façamos
tudo o que é necessário para o conseguir!"
(Alexandre)
Este é um sitio onde vamos trocar ideias sobre a natureza humana
e a sua expressão maxima: a Arte.
Espero com este Blog activar-te, fazer-te mexer,
fazer-te acreditar que tudo é possivel!
"Nós podemos fazer tudo, desde que façamos
tudo o que é necessário para o conseguir!"
(Alexandre)
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